Saiba como associar a correção TRI nas intervenções pedagógicas da sua escola
Atualmente, fala-se muito na metodologia de correção TRI. Mas, a sua escola sabe como utilizar os resultados para planejar intervenções mais assertivas?
O método de análise Teoria de Resposta ao Item (TRI), utilizado pelo Enem desde 2009 para mensurar a nota dos alunos, tem interessado cada vez mais escolas, principalmente aquelas que trabalham com ensino médio e cursinhos pré-vestibulares.
Com a adesão do Enem ao método de correção TRI, as instituições de ensino passaram a se preocupar em conhecer melhor a performance dos seus alunos. Hoje, muitas delas já utilizam ferramentas que calculam o desempenho individual de cada um, de modo a identificar seus pontos fortes e fracos e áreas que demandam maior esforço.
Para o professor Adriano Ferreti, um dos autores do Guia do Participante do ENEM e um dos responsáveis pela implementação da TRI no ENEM, “a análise TRI pode contribuir muito com o ensino das escolas, pois através do desempenho dos alunos ela consegue identificar o que eles realmente sabem. Assim, a escola pode conhecer melhor seus alunos e verificar as áreas em que demonstram mais dificuldade, podendo decidir o que será feito para o aluno melhorar. Além disso, a TRI também pode ser utilizada para medir a qualidade das questões e seus possíveis distratores”.
A diferença entre a correção pela Teoria Clássica dos Testes (TCT), usada nos exames anteriores a 2009, que baseava-se unicamente na quantidade de acertos do aluno, é que ela necessita de informações da prova completa para a análise do candidato, enquanto o método TRI consegue analisá-lo de acordo com cada questão. Além disso, a TCT não consegue identificar os acertos ocasionais dos alunos, isto é, os possíveis chutes. Já a TRI, é capaz de avaliar os estudantes de forma justa e objetiva, considerando a dificuldade das questões que ele errou ou acertou, baseando-se na coerência do seu padrão de respostas. Apontando, assim a habilidade real do candidato em cada área do conhecimento.
Segundo o professor, a TCT e a TRI podem ser complementares. A primeira, pode ser utilizada para gerar a nota do aluno e a TRI para que a escola possa fazer a interpretação pedagógica em relação a nota que o aluno tirou. “Isso pode auxiliar o professor sobre o que ele deve trabalhar melhor em sala de aula. Na TCT, quando o aluno acerta determinado número de questões, a escola só tem a nota. Já com a TRI, essa nota pode ser interpretada, e essa é a parte rica da TRI”.
Dessa forma, avaliar os alunos através da mesma ferramenta de análise utilizada pelo Enem tem sido uma busca das escolas que compreenderam o quanto a análise TRI pode contribuir com o campo pedagógico na melhora do desempenho dos seus alunos. Para o professor Adriano Ferretti, escolas que já utilizam a correção TRI saem na frente em relação às que não utilizam, porque ao conhecer seus problemas e receber orientação para melhorias, os alunos passam a direcionar os estudos em conteúdos específicos.
Muitas das instituições parceiras da Estuda.com já utilizam a correção TRI nos simulados e provas. Elas perceberam que acompanhar a evolução dos alunos durante todo o ano letivo, ou mesmo de um ano para outro, permite personalizar o ensino e ajudá-los a alcançarem seus objetivos.
O cursinho TD Pré-Vestibular, de Cabo Frio (RJ), é um dos parceiros que melhor utiliza os relatórios dos simulados com correção TRI disponibilizados pela Estuda.com. “Eu pego os relatórios individuais gerados pela Estuda.com para conversar com cada um e alinhar as estratégias de estudos durante o ano. Porque o aluno até sabe o que fazer, mas precisa dessa ajuda e orientação. Então, nós os orientamos para que possam trabalhar da melhor maneira possível com os resultados que ele tem em mãos”, conta Thiago Souza, diretor de ensino da instituição.
Quando perguntado sobre sua avaliação acerca da plataforma Estuda.com, o professor avalia: “o principal diferencial da Estuda.com é que ela permite que as escolas conheçam as dificuldades dos seus alunos e, também, auxilia aqueles que estudam de forma autônoma. Essa orientação é fundamental para o aluno se preparar melhor tanto para as avaliações nas escolas quanto para o ENEM”.
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