Meu primeiro ENEM
Continuando a conversa da terça-feira passada, a Vitória conta pra gente como foi a sua primeira experiência no ENEM, quando ainda estava no 1º ano do ensino médio.
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Hoje a Vitória conta pra gente como foi sua primeira experiência com o ENEM, quando ainda estava no 1º ano do ensino médio. Confiram:
[...] Mas eu tinha toda a certeza do mundo que medicina era o meu sonho... Não era?
Sim, era. Durante todo o meu fundamental II, eu continuava com a opção medicina. Mas aí, do 9º ano para o 1º do Ensino Médio, eu mudei de colégio. E, bom... Além de 1º ano no ensino médio, seria também o meu primeiro ENEM. Eu não tinha tanta noção do quão difícil seria entrar na faculdade, mas eu sabia que eu precisava estudar.
Até então, era só estudar para passar de ano e pronto! Porém, eu já queria começar a pesquisar mais sobre conteúdos do ENEM pra tentar me localizar melhor. Foi uma loucura, sério. Infelizmente, não conheci uma escola que foca exclusivamente em vestibulares em geral desde o primeiro ano do médio. Até porque, é impossível (em minha opinião) estudar todos os conteúdos do ENEM em um ano só. Mas eu fiz minha inscrição sim.
Quando estava próximo, os professores davam algumas dicas, mas CLARO, nada parecido como no terceiro ano! Calma. Muita calma nessa hora. No meu primeiro ano eu já comecei a ter uma noção muito mais ampla de nota de corte, de como funciona o SISU, até porque os professores já auxiliam bastante.
Eu não tive uma rotina de estudos especial para o ENEM. Eu estudava todos os dias para a prova da semana, já que no meu colégio toda sexta-feira tinha prova. Eu nunca fui de cronometrar horas de estudos, eu sabia o que eu tinha que estudar, organizava dos assuntos mais importantes para os menos e funcionava assim.
Estudar 10 horas por dia, de madrugada, nunca foi pra mim. Eu preciso de uma noite de sono bem dormida pra acordar disposta no dia seguinte. Então estudava para as provas e pronto. Até porque, gente, no primeiro ano você está a muitos passos de todos os conteúdos (lembrando, cada escola tem um método diferente de ensino).
De qualquer forma, nesse ano eu acabei conhecendo pessoas que queriam o mesmo curso que eu, e aí eu perguntava como funcionava a rotina de estudos delas e tudo mais. Confesso que eu tinha amigos que estudavam mais que eu sim, e eu até acabava me sentindo mal, pensando “ela quer o mesmo curso que eu e estuda muito mais”, e demorou um tempo pra eu me ligar que isso não tinha nada a ver!
Mas, resumindo, não fiz nenhum bicho de sete cabeças naquele ano. Estudei o suficiente e não me arrependo de nada, até porque, eu conhecia o meu limite.
Enfim, chegou o dia. No dia do ENEM, eu fiquei muito nervosa, sem dúvida mais do que nos outros anos! O que é muito engraçado, porque você está indo como treineiro, querendo ou não, é mais fácil ficar despreocupado, mais tranquilo. Mas, o meu medo era tirar uma nota baixíssima, pensar que eu não ia conseguir entrar na faculdade um dia. Claro, pessimismo ao cubo.
Sem dúvida alguma chutei muitas questões, o que me deixou mais calma: havia muitos conteúdos que eu ainda não havia visto. Então não tinha por que me culpar. Os dois dias foram assim. Humanas e linguagens foram as quais eu me saí melhor. Mas não, a minha nota geral não foi boa. E eu fiquei muito tranquila com isso.
Eu falava “ah, se eu tirar uns 500 está ótimo”, e para minha surpresa, foi maior que isso. Então eu já estava no lucro! O que foi muito bom, na verdade, para me acostumar com o tempo, conhecer o estilo da prova, porque, meus amigos, além de ter conteúdo, ENEM é uma prova de braço (eu acho)! Eu ficava com muita dor de cabeça depois de umas 40 questões, ficava em dúvida por qual matéria eu deveria começar. Eu me sentia um pouco perdida sim, mas com certeza eu já tinha conseguido me familiarizar, nem que seja um pouquinho.
Terminei aquele ano achando que foi um horror, muito difícil, puxado... Coitada.